quinta-feira, 5 de abril de 2012

Espelho, Espelho Meu: Princesa moderna

 por Edu Fernandes

Spoilerômetro:  (?)


Em 1937 Walt Disney lançou Branca de Neve e os Sete Anões, primeiro longa-metragem de animação da História. O filme também marcou o início de uma era para o estúdio, Branca de Neve foi a primeira das princesas que formam uma marca muito ligada à imagem da Disney.

Espelho, Espelho Meu (Mirror Mirror) traz mesmo enredo para as telas e serve para acompanhar a evolução das princesas de contos de fadas com o passar do tempo.

Na nova produção Branca de Neve (Lily Colins, de Sem Saída) começa com o mesmo tipo de inação tão típico das princesas. O papel de donzela em perigo não combina com as mulheres do século XXI. O filme resolve o dilema depois da fuga da protagonista.


Quando se encontra com os anões, Branca de Neve não se contenta com o trabalho de dona de casa. Ela sai com os rapazes para “trabalhar”. Nessa releitura os anões são ladrões e cabe à Branca de Neve a incumbência de transformá-los em pequenos Robin Hoods.

A moça treina luta, esgrima, disfarce e abandona os vestidos bufantes. Assim, ela assume a função de princesas em filmes mais recentes, como Mulan, Encantada ou Enrolados.

A graça de Espelho, Espelho Meu está nessa mudança de comportamento, o que abre espaço para que a fita satirize o mundo dos contos de fadas. Espectadores mais familiarizados com o gênero perceberão leves referências a outras histórias, como O Patinho Feio e A Tartaruga e a Lebre.

Entretanto, não poderia terminar o texto sem um aviso importante. Quem achava estranhas as músicas que acompanham os créditos finais dos filmes da série Nárnia não perde por esperar. Em Espelho, Espelho Meu há um número musical (o único do filme) nesse momento que é a vergonha alheia em sua mais pura essência.


Espelho, Espelho Meu (Mirror Mirror)
Direção: Tarsem Singh
Roteiro: Jason Keller, Melisa Wallack
Elenco: Julia Roberts, Lily Collins, Armie Hammer, Nathan Lane, Jordan Prentice, Mark Povinelli, Joe Gnoffo, Danny Woodburn, Sebastian Saraceno, Martin Klebba, Ronald Lee Clark
Duração: 106 minutos
País: EUA

Nota: 5

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