sexta-feira, 24 de novembro de 2006

C.R.A.Z.Y. – Loucos de Amor



Sinopse: Esta é uma história de dois casos de amor. Um amor de um pai pelos seus cinco filhos e o amor de um filho pelo pai. Um amor tão forte capaz de fazê-lo viver uma mentira. Uma mística fábula sobre os dias modernos, C.R.A.Z.Y. expõe a beleza, poesia e loucura do espírito humano e todas as suas contradições.


Ficha Técnica
C.R.A.Z.Y. – Loucos de Amor (C.R.A.Z.Y.)
Direção: Jean-Marc Vallée
Roteiro: Jean-Marc Vallée e François Boulay
Elenco: Michel Côté,  Marc-André Grondin ,Danielle Proulx, Pierre-Luc Brillant, Maxime Tremblay, Alex Gravel
Duração: 125 minutos


 por Guilherme Kroll

(Spoilerômetro: )

C.R.A.Z.Y. – Loucos de Amor (C.R.A.Z.Y.) é uma produção do lado francês do Canadá (onde teve grandes bilheterias), que já proporcionou diversos filmes bons como Invasões Bárbaras. E a produção em questão não fica atrás, C.R.A.Z.Y. é um ótimo filme. Sua temática gira em torno de uma típica família dos anos 70 tendo de lidar com as diferenças entre os irmãos, sobretudo aquelas que os pais não compreendem, como a propensão de Zachary para o homossexualismo.

O filme é muito tocante e não descamba para o dramalhão em nenhum momento. O drama e a dificuldade de aceitação que Zachary é tratado com bastante franqueza e sobriedade.

O mais interessante é a profundidade com que os personagens são criados. Todos eles são humanos, com defeitos e qualidades. Não há bons ou maus, apenas pessoas.

Um destaque para a ótima trilha sonora do filme com, David Bowie, Pink Floyd, Rolling Stones, Charles Aznavour, The Cure e Patsy Cline, uma das cantoras favoritas do pai da família, inclusive um de seus discos é um elemento importante da trama.

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Os Infiltrados





Sinopse: Dois homens de lados opostos da lei estão sob disfarce na Polícia de Boston e na máfia irlandesa. O derramamento de sangue se inicia quando ambos são encarregados de descobrir a identidade do inimigo.


Ficha Técnica
Os Infiltrados (The Departed)
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: William Monahan
Elenco: Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson, Mark Wahlberg, Martin Sheen, Ray Winstone, Vera Farmiga
Duração: 151 minutos


Violência, galãs e palavrões
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

Filmes que contam histórias de policiais se passando por ladrões em investigação não são novidade. Bandido no meio da força policial também é um tema recorrente. Os Infiltrados (The Departed) é original por tratar dos dois pontos de vista paralelamente.


Como policial corrupto conta-se com Matt Damon e na pelo do agente infiltrado no tráfico foi escalado Leonardo de Caprio. O diretor Martin Scorcese volta a trabalhar com Leo reafirmando uma parceria que já dura quatro anos gerando filmes com O Aviador e Gangues de Nova Iorque. Com um elenco grandioso, a produção ainda traz Martin Sheen (The West Wing), Mark Wahlberg (Golpe de Mestre) e Jack Nicholson (Alguém Tem Que Ceder). Também vindo de O Aviador, Alac Baldwin está de volta em uma participação pequena, mas muito engraçada.

Dois problemas – e somente dois – podem ser apontados com relação a Os Infiltrados. O primeiro e mais visível é a total falta de continuidade entre os cortes. Por inúmeras vezes essas diferenças, sobretudo quanto ao posicionamento dos atores, é evidente e incômoda. O segundo deslize está na seleção das canções que compõem a trilha musical: muitas delas são incrivelmente irritantes e não têm qualquer relação com o que está ocorrendo em cena.

Essas duas falhas estão lá, mas não afundam o filme. Como conjunto, Scorcese traz para tela uma ótima produção que cola o espectador na poltrona. O mais interessante no roteiro é o paralelismo – que é bem demonstrado pela direção – entre a vida mansa do personagem de Damon e as dificuldade enfrentadas por De Caprio.

Com a temática de investigação e tráfico de drogas, é esperado que o filme seja violento. Essa característica se faz presente e é gradualmente aumentada conforme se caminha para o final. Para acompanhar os tiros e a pancadaria, os personagens soltam o verbo. O desafio é lançado: quantas vezes se fala “fucking” em Os Infiltrados?