sábado, 26 de dezembro de 2015

Top 10 Internacional 2015

por Edu Fernandes

Spoilerômetro:  (?)


1. Mad Max: Estrada da Fúria

Tudo indicava que esse filme seria mais uma aposta hollywoodiana de calcar-se em um nome de peso do passado para se valer da nostalgia e começar uma nova franquia. O que se tem é um dos melhores filmes de ação dos últimos tempos, com uma longa perseguição cheia de adrenalina.

Todo o apuro técnico não levaria a lugar algum não fosse a consciência social do roteiro, com destaque para a merecida presença feminina. Agora George Miller criou para si uma armadilha, pois não poderá mais revisitar o mundo pós-apocalíptico  que criou sem a já icônica Imperatriz Furiosa.

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2. Divetida Mente

Desde Up : Altas Aventuras (2009), a Pixar estava mais focada em vender brinquedos do que em fazer filmes realmente bons. Felizmente bons ventos ecoaram nos estúdios e uma animação de respeito foi entregue. Um filme essencial para se entender e debater a depressão, para espectadores de todas as idades.

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3. Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)

Um filme que se passa quase todo em um plano-sequência não chega a ser novidade, mas ao falsear cortes, Iñárritu consegue dar saltos cronológicos sem mudar de tomada. O elogio técnico se alia a um roteiro que discute temas muito atuais, como o ego no show business e a questão da autoria artística.

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4. O Pequeno Príncipe

Adaptar uma obra clássica é sempre um desafio, que a animação conseguiu driblar ao expandir a criação de Antoine de Saint-Exupéry. O resultado é uma tocante animação que presta tributo à literatura infantil como um todo e mantém as mensagens universais do romance original.

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Vídeo: Entrevista: Larissa Manoela (CineVitor)

5. Frank

O compositor musical com cabeça de papel marchê entrou para a lista de personagens memoráveis da sétima arte. O filme sabe lidar com o teor bizarro do roteiro e personagens como poucas vezes vista.

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Crítica (CineClick)


6. Para Sempre Alice

Como a AIDS nos anos 1990, o cinema contemporâneo tem algumas doenças que são fontes certeiras de histórias emocionantes, como o câncer e o mal de Alzheimer. O filme escolhe uma protagonista ideal para o tema da doença degenerativa: uma acadêmica que precisa de todo seu talento cerebral. O papel é entregue com dignidade por Julianne Moore e o longa consegue emocionar sem apelações rasteiras.


7. Corrente do Mal

Com o boom de filmes de terror com temas sobrenaturais, é difícil se destacar. A produção independente consegue esse feito com uma premissa original e suspense à moda antiga, com flerte com a estética do gênero nos anos 1970 e 1980.

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8. Força Maior

Até que ponto realmente conhecemos nosso cônjuges? A iminência de uma situação-limite mostra como essa disparidade pode colocar em xeque um casamento. As nuances psicológicas nas cenas aprofundam as questões expostas pelo roteiro.

9. Uma Nova Amiga

O que é certo no cinema de François Ozon é que assuntos excêntricos desfilarão pela tela para causar um saudável estranhamento. Dessa vez, o cineasta discute a questão de gênero com conflitos sentimentais autênticos, que fazem o espectador superar algumas barreiras sociais.

10. Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo

Em uma história rica em aspecto humano, o filme mostra coragem ao escalar atores pouco prováveis para os papéis principais. Assim, Channing Tatum e Steve Carell têm a chance de brilhar em uma atmosfera de tensão gradativa.

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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Top 10 Brasil 2015

por Edu Fernandes

Spoilerômetro:  (?)



1. Que Horas Ela Volta?

O filme é um retrato de um Brasil em transformação, no qual grandes verdades silenciosas começam a ser questionadas pelo empoderamento dos jovens das classes mais baixas, que percebem ter a possibilidade de fazer um governador recuar (não no filme, na vida real mesmo).

O roteiro consegue alinhar seus temas sociais em uma história crível e identificável. A dramaturgia merece elogios pelo equilíbrio de alívios cômicos e pela criação de canas com alto teor simbólico.

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2. A História da Eternidade

O longa de estreia de Camilo Cavalcante mostra uma consciência cênica ímpar, com símbolos e gestos expressivos. A performance do elenco casa com a proposta do diretor em um espetáculo cinematográfico.

3 Casa Grande

O cinema brasileiro já explora há muito tempo as mazelas das classes menos favorecidas e recentemente tateia os conflitos da classe média. O longa carioca finalmente consegue escancarar na tela grande os podres da elite, uma classe que costuma passar impune.

4. Cássia Eller

O documentário traz uma boa pesquisa de imagens de arquivo e coleciona depoentes pertinentes. Há algumas cenas líricas, apenas para pontuar. Todos os elementos tradicionais do gênero estão ali, mas usados para traçar um retrato honesto da cantora e da mulher.

5. Califórnia

Marina Person usa de elementos autobiográficos para criar um romance de formação imbuído de autenticidade. A aposta em um elenco jovem e a boa caracterização de época aumentam a verdade do filme.

MAIS: Crítica (Cineclick)

6. Amor, Plástico e Barulho

O longa pernambucano descortina o mundo paralelo da música brega. Com conflitos novelescos e números musicais memoráveis, temos o mais bem-sucedido musical do cinema brasileiro contemporâneo.

7. Chico – Artista Brasileiro

A fórmula é totalmente ortodoxa, com voz do personagem principal como espinha dorsal e sua jornada narrada em ordem cronológica. No entanto, o que brilha é a simpatia e honestidade de Chico, o que faz o público se sentir mais próximo do ídolo.

8. Últimas Conversas
Em seu filme derradeiro, Eduardo Coutinho entrevista jovens da periferia. É inegável a poesia que existe no fato do maior nome do documentário brasileiro apontar para o futuro do país em sua obra póstuma.

9. Chatô, o Rei do Brasil

Não acredito que finalmente vi o filme. Não acredito que suas qualidades resistiram ao longuíssimo processo de produção. Não acredito que suas boas referências glauberianas e ousadia tenham possibilitado sua entrada no top.

10. O Último Cine Drive-in

O roteiro é de uma simplicidade cativante. Os personagens não escondem seus defeitos, especialmente no começo atribulado, mas são todos redimidos por seu amor ao cinema.

domingo, 12 de abril de 2015

É Tudo Verdade 2015

O quê? 20º Festival Internacional de Documentários
Quando? de 9 de abril a 1 de junho
Onde? São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Santos e Brasília
Quanto? Entrada franca
Mais informações: site oficial


Matéria: Quatro filmes para ver no É Tudo Verdade (GQOnline)


Filmes avaliados

Cidadão Boilesen, de Chaim Litewski (92 min. Brasil, 2009)

Drone, de Tonje Hessen Schei (58 min., Noruega/Paquistão/EUA, 2014)

Hora do Chá (La Once), de Maite Alberdi (70 min.. Chile/EUA, 2014)

Seguindo Nazarin: O Eco de uma Terra em Outra Terra (Tras Nazarin: Following Nazarin), de Javier Espada (75 min., Espanha/México, 2015)

Tempo Suspenso (El Tiempo Suspendido), de Natalia Bruschtein (64 min., México/Argentina, 2015)

Tropicália, de Marcelo Machado (87 min., EUA/Brasil/Reino Unido, 2012)

Últimas Conversas, de Eduardo Coutinho (90 min., Brasil, 2015)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Mostra Tiradentes 2015

O quê? 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes
Quando? De 23 a 31 de janeiro
Onde? Tiradentes (MG)
Quanto? Atividades gratuitas
Mais informações: site oficial


Homenagem

Entrevista: "Espero ter isso até os 90 anos", afirma Dira Paes sobre sensualidade

Diário

Dia 1: Homenagem a Dira Paes

Dia 2: Noite macabra

Dia 3 e 4: Vítima gastronômica

Dia 5: Luz e sombra

Dia 6: Emoções noturnas


Filmes avaliados

Amazônia, de Thierry Ragobert (83 min., Brasil/França, 2013)

Brasil S/A, de Marcelo Pedroso (68 min., Brasil, 2014)

Casa Grande, de Fellipe Barbosa (115 min., Brasil, 2014)

Ela Volta na Quinta, de André Novais Oliveira (108 min., Brasil, 2014)

Errante: Um Filme de Encontros, de Gustavo Spolidoro (71 min., Brasil, 2015)

As Fábulas Negras, de Rodrigo Aragão, Joel Caetano,
Peter Baiestorf e José Mojica Marins (105 min., Brasil, 2015)

Infância, de Domingos Oliveira (104 min., Brasil, 2014)

Mais do que Eu Possa me Reconhecer, de Allan Ribeiro (72 min., Brasil, 2015)

O Menino no Espelho, de Guilherme Fiúza Zenha (78 min., Brasil, 2014)

Órfãos do Eldorado, de Guilerme Coelho (96 min., Brasil, 2015)

Pingo D'Água, de Tassiano Valério (80 min. Brasil, 2014)

O Segredo dos Diamantes, de Helvecio Ratton (86 min., Brasil, 2014)

Sinfonia da Necrópole, de Juliana Rojas (84 min., Brasil, 2014)

Teobaldo Morto, Romeu Exilado, de Rodrigo de Oliveira (118 min., Brasil, 2015)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Top 10: Brasil

Por Edu Fernandes

Spoilerômetro:  (?)


Para esta lista, foram considerados os filmes nacionais que estrearam comercialmente nos cinemas em 2014. A divisão entre brasileiros e estrangeiros é apenas para dar mais espaço para nossos filmes.

1. O Lobo Atrás da Porta

Um roteiro bem amarrado (concebido ao longo de anos e não a toque de caixa), atores competentes e uma direção precisa, que aposta em planos alongados sem abandonar o dinamismo que pede o gênero de thriller. Essa é a receita que faz o estreante Fernando Coimbra chegar ao topo em 2014.

MAIS:
Crítica do filme (BRCine)

2. Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

Do curta/viral de 2010 para sua versão em longa-metragem, Daniel Ribeiro mostrou amadurecimento como cineasta. O filme consegue transmitir com ternura suas mensagens e respeita a inteligência de seu espectador.

MAIS:
Nota sobre o filme (SaraivaConteúdo)

3. O Menino e o Mundo

Sem palavras, mas com muito a dizer. É assim que funciona a animação com fortes críticas à sociedade consumista, sem deixar de lado o apuro técnico e uma trilha musical tocante, sem ser piegas.

MAIS
Trailer do filme (BRCine)

4. De Menor

A questão da maioridade penal é polêmica e o longa faz bem ao fornecer argumentos sem cair na armadilha do panfletário. O foco na relação fraternal dos protagonistas ajuda o enredo a se desenrolar e cria simpatia com o público.

MAIS:
Crítica do filme (BRCine)

5. Praia do Futuro

Um cinema com mais sensações do que narrativa é uma opção ousada. O filme conta muito da psicologia de seus personagens graças ao entrosamento do elenco. Outro ponto positivo é deixar a orientação sexual do protagonista em segundo plano.

MAIS:
Matéria: Cinema brasileiro com ares gringos (SaraivaConteúdo)

6. Boa Sorte

Mesmo quando exerce sua veia contista, Jorge Furtado escreve cinema. O filme de Carolina Jabor é um ótimo exemplo de produção de médio porte (tanto no apelo quanto nas pretensões artísticas) que tanto faz falta ao cinema nacional. Uma história bem contata dom personagens cativantes é meio caminho andado.

MAIS:
Matéria: “Eu trouxe a morte para o físico”, diz Deborah Secco (SaraivaConteúdo)

7. Dominguinhos

O que não falta na safra recente são documentários musicais. Por isso, para se destacar é preciso personalidade – algo que a produção sobre o sanfoneiro transborda. É preciso destacar que a poesia nas imagens do longa não atrapalha a absorção dos acontecimentos narrados.

MAIS:
Crítica do filme (BRCine)

8. A Oeste do Fim do Mundo

A cooperação com nossos vizinho é uma arma valiosa contra a opressão cultural externa. É com essa ferramenta em mãos que Paulo Nascimento faz seu melhor trabalho até o momento. Trata-se de um enredo instigante com alto valor histórico e social.

MAIS:
Crítica do filme (BRCine)

9. Em Busca de Iara

A ditadura militar é tema recorrente em nosso cinema, que cumpre a missão de relembrar as barbáries da época, apesar dos saudosistas acefálicos. Esse documentário tem um estrutura protocolar, mas a força dos acontecimentos narrados é suficiente para que se destaque em meio à produção do ano.

MAIS:
Matéria: Dor em família

10. Trinta

Se há apenas um filme com pretensões de blockbuster na lista, não é por preconceito meu. A fornada atual é fraca, com comédias rasas ou cinebiografias que estreiam sabotadas. Isso porque o público sabe que o conteúdo estará na TV aberta em pouco tempo no formato de minissérie. Apesar disso, o filme se apropria do encanto do Carnaval para nos levar para dentro desse mundo glamoroso.

MAIS:
Vídeo: Da avenida para a tela (SaraivaConteúdo)