quarta-feira, 7 de março de 2012

John Carter: Breve histórico do 3D

 por Edu Fernandes

Spoilerômetro:  (?)


Nos últimos anos a projeção em 3D foi vista pela indústria cinematográfica como uma tábua de salvação. John Carter – Entre Dois Mundos (John Carter) é um filme que resume as manobras tomadas por essa indústria nesse assunto.

O longa narra as aventuras de um veterano da Guerra Civil Americana (Taylor Kitsch, de X-Men Origens: Wolverine) que vai parar em Marte. Lá ele descobre um mundo em guerra e encontra uma princesa (Lynn Collins, de Número 23) que pedirá sua ajuda para apaziguar a situação.

O maior sucesso de bilheteria entre os filmes 3D também conta a história de um terráqueo com a missão de salvar um povo alienígena. Em Avatar, o protagonista entra em contato com um povo gigante e selvagem. Em John Carter, essa civilização tem a pele esverdeada. Coincidentemente ou não, em uma determinada cena o herói é banhado pelo sangue azulado de um inimigo. Nesse momento sua pele fica com a mesma tonalidade dos Na'Vis de Pandora.


John Carter apela nas semelhanças com Avatar para atrair público, já que suas próprias qualidades não passam do mediano. O filme é um típica atração da Sessão da Tarde e seria esquecido pelas pessoas no circuito de cinema, uma vez que não há rostos muito conhecidos na tela.

Nesse ponto entra a exploração de mais um recurso recorrente na indústria: histórias medianas ganham sobrevida por causa da projeção em estereoscopia. Os efeitos em 3D são banais e, em algumas cenas, praticamente imperceptíveis. No entanto, estão lá para encarecer o ingresso.

Se o plano da Disney é criar uma nova franquia, é necessário esforçar-se mais nas próximas empreitadas marcianas.


John Carter – Entre Dois Mundos (John Carter)
Direção: Andrew Stanton
Roteiro: Andrew Stanton, Mark Andrews, Michael Chabon
Elenco: Taylor Kitsch, Lynn Collins, Samantha Morton, Willem Dafoe, Thomas Haden Church, Mark Strong, Ciarán Hinds, Dominic West, James Purefoy, Bryan Cranston, Polly Walker, Daryl Sabara
Duração: 132 minutos
País: EUA

Nota: 5

2 comentários:

  1. História mediana? Edgar Rice Burroughs é um dos grandes escritores de ficção, e a saga de John Cartes é considerada uma das maiores séries de ficção científica de todos os tempos.
    Agora se o filme ficou meia boca, o problema com certeza não é da história.
    E quanto a ser semelhante ao Avatar, ai foi Avatar quem copiou e não o contrário.

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    1. Caro Anônimo,
      No meu texto eu não quis qualificar a obra do autor Edgar Rice Burroughs. A história mediana que falei foi do roteiro da adaptação.
      Quando fiz relação de Carter com Avatar, estava ciente da ordem das coisas (a série de Carter foi quem influenciou James Cameron, não ao contrário). O que quis dizer é que, se não fosse o sucesso de Avatar, provavelmente John Carter teria de esperar mais tempo ainda para chegar aos cinemas (há projetos de adaptação desde os anos 1930).
      Obrigado pela visita!

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