quinta-feira, 1 de abril de 2010

Mary e Max






Sinopse: Nos anos 1970, Mary é uma menina australiana sem amigos. Ela resolve esse problema quando começa a trocar cartas com Max, um homem solitário de Nova York.


Ficha Técnica
Mary e Max (Mary and Max)
Roteiro e Direção: Adam Elliot
Elenco: Toni Collette, Philip Seymour Hoffman, Eric Bana, Barry Humphries, Bethany Whitmore
Duração: 92 minutos
País: Austrália


A força da amizade
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: trailer)

No cinema, alguns temas são um tiro certeiro para fazer a plateia cair em lágrimas. Uma dessas táticas infalíveis é explorar a amizade entre uma menina e um homem com problemas mentais. Que os lenços usados nas sessões de Uma Lição de Amor (2001) e O Poder da Emoção (1998) sejam minhas evidências definitivas!

Baseado em uma história real, Mary e Max (Mary and Max) é mais um exemplo de como essa relação entre personagens tão diferentes pode resultar em um roteiro tocante e emocionante. A comunicação por cartas é um bônus, deixando tudo com um ar mais romântico e um tanto mágico.

A animação em stop-motion tem dois países como cenário e a direção de fotografia e arte fazem um trabalho dos mais competentes para diferenciá-los. Na opressora Nova York, tudo tem um ar cinzento, enquanto que as cenas na Austrália são um pouco mais leves: a vizinhança de Mary tem uma paleta de cores em belos tons de sépia.

Com um visual desse e tratando de temas como solidão, depressão e aceitação; é possível perceber que essa produção não é voltada para o público infantil, apesar da fofura que é a imagem de Mary. Contudo, nunca é demais avisar.

Já para os adultos que apostarem suas emoções nessa linda história de amizade, os ganhos serão imensos. Uma trilha musical graciosa, um roteiro cativante e uma direção equilibrada fazem a receita lacrimosa perfeita.


2 comentários:

  1. Dude, assisti a esse filme no sábado e adorei! Obrigada pela recomendação! Os textos são bem inteligentes. O único senão ficou por conta da sala. Como não há muitos lugares que ainda exibem o filme, acabei indo ver no Gemini, que está tão decadente que dá dó.

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  2. É verdade, Bia. O filme é muito bom e o Gemini está bem triste...

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