quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Coincidências do Amor



Sinopse: Kassie já atingiu uma certa idade em que ter filhos é “agora ou nunca”. Como ela não tem um parceiro em vista, decide ter uma produção independente. Seu amigo Wally, um homem um tanto neurótico, é contra a ideia. Na festa de “fertilização” da amiga, Wally acaba bebendo todas e fazendo besteira.


Ficha Técnica
Coincidências do Amor (The Switch)
Direção: Josh Gordon, Will Speck
Roteiro: Allan Loeb, Jeffrey Eugenides
Elenco: Jennifer Aniston, Jason Bateman, Jeff Goldblum, Patrick Wilson, Juliette Lewis
Duração: 101 minutos
País: EUA


 por Flávia Yacubian

(Spoilerômetro: )

É impossível assistir Coincidências do Amor (The Switch) e não lembrar de Rachel Green e de outros papéis semelhantes de Aniston. Ela é especialista no assunto e, convenhamos, ninguém faz esse papel melhor. Também é difícil assistir esse filme e não lembrar da própria Jennifer Aniston, a atriz que todo mundo fica com pena por ter perdido o Brad Pitt e hoje ser uma “solteirona, quarentona e sem filhos”. E provavelmente é uma tentativa, não muito ousada, de Aniston rir dessa sua imagem. Como não houve a tal da ousadia necessária para se fazer uma boa comédia, Aniston se encarrega do lado mais tipicamente romântico do filme.

No entanto, para alegria dos espectadores, o filme não é só feito de Aniston. E apesar de seu parceiro de cena ser quase um Ross (neurótico no último), ele é interpretado por Jason Bateman, que consegue imprimir um teor melancólico na dose certa para gerar uma empatia no público, mas não o suficientemente triste para deprimi-lo.

E mais, o filme não é só  feito de comédia romântica. Há uma história subjacente sobre a infância e o papel da família que é o mais interessante. Falando em infãncia, não pode faltar um ator-mirim, o que é sempre um perigo, mas não dessa vez. O jovenzinho Thomas Robinson rouba a cena. Aniston e Bateman ficam no chinelo. Acho que ele só não perde para Jeff Goldblum, com um timing pra comédia natural e hilário. Patrick Wilson e Juliette Lewis também combinaram bem com seus papéis do homem perfeito e da amiga doidona.

Se não fossem pelas excessivas cenas de “discussão de relação” o filme teria um conceito bem melhor. Pela singeleza e bom humor com os quais conseguiu tratar o tema família, sem nenhuma pieguice extrema, vale conferir. Mas, não se engane, Coincidências do Amor não ganhará nenhum prêmio de roteiro, vá preparado para um filme com reviravoltas divertidas e final previsível.


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