Sinopse: Robin Longstride é um simples arqueiro que, para conseguir retornar para a Inglaterra, se faz passar por sir Robert Loxley. Mas ao assumir essa identidade acaba se envolvendo com questões políticas que podem colocar a Inglaterra numa guerra civil.
Ficha Técnica
Robin HoodDireção: Ridley Scott
Roteiro: Brian Helgeland
Elenco: Russell Crowe, Cate Blanchett, Max von Sydow, William Hurt, Mark Strong, Oscar Isaac
Duração: 140 minutos
País: EUA, Reino Unido
por Guilherme Kroll
(Spoilerômetro: •)
Ridley Scott aparenta ser um estudioso de história. A fidelidade aos fatos históricos, bem como à suas batalhas épicas, formam uma marca de grande parte da sua filmografia. Por isso, quem for encarar seu Robin Hood pode esperar ver algo muito diferente do que já foi feito.
Entretanto, não há qualquer referência histórica que comprove a existência de um Robin Hood. Dessa maneira, Scott se fiou numa base histórica sólida nos acontecimentos da Inglaterra, sob o domínio déspota de João Sem Terra, que leva os barões ingleses a propor a Magna Carta, evento que seria o embrião da Monarquia Constitucional inglesa.
Scott coloca Robin Hood nos centros desses acontecimentos, e, a partir daí, torce a história com H maiúsculo em favor da sua história com h minúsculo.
O resultado é um filme bastante interessante, repleto de cenas de batalhas e com uma longa duração. A produção é impecável no que se refere ao figurino e ao retrato da Idade Média. Já o roteiro deixa um pouco a desejar. São muitos personagens e subtramas, deixando algumas um pouco jogadas na história, como os órfãos de Sherwood ou a do xerife de Nottingham.
O xerife Nottingham merece um comentário a parte. Quando o filme foi anunciado pela primeira vez, a história seria focada nele e Robin Hood seria retratado como um vilão. O filme inclusive se chamaria Nottingham. Ao longo da produção, o roteiro foi mudado tantas vezes que no final o resultado foi uma produção convencional, mostrando Robin Hood como o tradicional herói que rouba dos ricos para dar aos pobres.
Russel Crowe se dá bem no papel, fazendo o que sabe de melhor: brigando com tudo e todos. Entretanto, nem de longe é o Robin Hood mais interessante do cinema, papel que ficou melhor no clássico Errol Flyn ou mesmo em Sean Connery. Mas o prêmio de consolação é que Crowe é um príncipe dos ladrões muito melhor que Kevin Costner.
Cate Blanchet também não convence muito como Marion. Inclusive, o grande destaque feminino do filme fica para Léa Syldoux, como Isabelle de Angouleme. A beleza da atriz, na verdade, chama mais atenção do que sua interpretação, com não mais do que cinco falas ao longo do filme.
Somando tudo, Robin Hood de Ridley Scott, é um filme até que competente e bem-executado, mas não chega a ser uma obrigação para os amantes da sétima arte.
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