quinta-feira, 27 de maio de 2010

Carros Usados, Vendedores Pirados



Sinopse: Don Ready é  o chefe de uma trupe de vendedores de carros que tem uma missão: chegar em uma cidade, passar o fim de semana e salvar concessionárias da falência. E é isso que eles farão em uma pequena cidade da Califórnia. Mas depois de um incidente em uma venda anterior, essa nova empreitada fará Ready repensar seu estilo de vida.


Ficha Técnica
Carros Usados, Vendedores Pirados (The Goods: Live Hard, Sell Hard)
Direção: Neal Brennan
Roteiro: Andy Stock, Ricky Stempson
Elenco: David Koechner, James Brolin, Jeremy Piven, Jordana Spiro, Kathryn Hahn, Ving Rhames
Duração: 89 minutos
País: EUA



 por Flávia Yacubian

(Spoilerômetro: )

Will Ferrell é o produtor de Carros Usados, Vendedores Pirados (The Goods: Live Hard, Sell Hard) e, como todos sabem, Ferrell é bom em comédias escrachadas, histórias pseudodramatizadas sobre tipos esquecidos da sociedade e gritar. Não é de se estranhar que essa sua produção, na qual ele também faz uma ponta (absurda, diga-se de passagem), tenha tudo isso. Jeremy Piven (Entourage) é o protagonista: um vendedor de carros, fã de Bob Seger, sem raízes, sem família e sem responsabilidades, a não ser a cada fim de semana vender carros em uma nova cidade com suas técnicas infalíveis e sua equipe excêntrica, conhecidos como “mercenários”.

Depois de um acontecimento traumatizante em uma venda, Don “Goods” Ready não é mais o mesmo, e no fim de semana em que deve salvar a concessionária de Selleck (James Brolin), ele finalmente faz uma jornada de amadurecimento, ou quase.

É aí que entra a capacidade de Ferrell em pegar um assunto tão estranho, “vendedores de carros” no caso, e transformar em um filme de mais de uma hora! Ferrell acertou em casos como os patinadores de Escorregando para a Glória e se deu mal com os jogadores de basquete amadores de Semi-Pro. Dessa vez, fica em cima do muro.

O meu maior “pé atrás” era Piven na liderança do filme, mas o ator-problema se deu bem, não sem a ajuda de bons coadjuvantes, claro. Carros Usados, Vendedores Pirados acerta principalmente nos personagens secundários (com muitas participações especiais, como era de se esperar, mas poucos famosos), mas derrapa feio em piadas grosseiras que simplesmente não fazem rir. E qual o único motivo de uma piada do tipo além de fazer alguém rir?

Mas, apesar de alguns momentos decepcionantes, Carros Usados garante uma diversão despretensiosa e risadas sobre assuntos-tabu.

Dica: Quem gosta de ficar até  depois dos créditos vai ser levado a pensar que verá “erros de gravação”, mas no final é uma coisa bem... diferente, e pior, gruda na cabeça!


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