Spoilerômetro: • (?)
As refilmagens feitas
por Hollywood têm como objetivo “nacionalizar” histórias para o público estadunidense, que não está acostumado a (ou interessado em) ler legendas. Para os cinéfilos, essa tendência gera versões diluídas de filmes que já foram apreciados. Essa sensação fica clara ao ver A Casa Silenciosa (Silent House).
Como em A Casa (2010), o original uruguaio; o filme mostra uma família que arruma uma casa antiga e isolada para que o imóvel possa ser vendido. O local esconde um mistério assustador, que se revela aos poucos e deixa o espectador tenso.
Do começo ao fim, a premissa geral do filme antigo foi mantida, o que era seu ponto mais forte. Alguns detalhes foram mudados, mas o esqueleto é o mesmo. O problema é que quem conhece o final não ficará tão impressionado quanto o restante do público. Sem a aura de mistério, o suspense fica muito mais fraco.
Outra mania hollywoodiana, especialmente com remakes de terror, é o exageros no desfecho. Dessa forma, A Casa Silenciosa sofre do mesmo mal que acometeu Quarentena (2008), refilmagem de REC (2007).
Em seu terço final, o roteiro de ambos passa dos limites. Em A Casa Silenciosa esse deslize chega a níveis inimagináveis. Seria possível afirmar que se está diante de um filme totalmente diferente daquele que se viu no começo da sessão. Apenas o elenco e o cenário se mantêm, mas o tom é muito distante.
A Casa Silenciosa (Silent House)
Direção: Chris Kentis, Laura Lau
Roteiro: Laura Lau
Elenco: Elizabeth Olsen, Adam Trese, Eric Sheffer Stevens, Julia Taylor Ross
Duração: 85 minutos
País: EUA, França
Nota: 4
Puts eu não assisti o Uruguaio mas gostei bastante desse remake, mesmo com o final exagerado.
ResponderExcluirTalvez ter visto o original tenha estragado essa nova versão...
ResponderExcluirAbraço!