quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Caverna dos Sonhos: 3D com porquê

 por Edu Fernandes

Spoilerômetro:  (?)


Quando se fala na história da pintura, logo se imagina tela com pinceladas. O que poucas vezes lembramos é que tudo começou na pré-História, com gravuras nas paredes das cavernas. Os registros mais antigos desse tipo de expressão foram descobertos em 1994 no interior da França. As imagens da caverna foram feitas a mais de 30 mil anos. Esse é o cenário e o tema do documentário A Caverna dos Sonhos Perdidos (Cave of Forgotten Dreams).

As pinturas mais famosas do mundo são planas como uma tela de cinema, mas as pinturas rupestres são feitas sobre pedras irregulares. Por esse motivo o diretor Werner Herzog (Vício Frenético) decidiu realizar seu filme em 3D. Portanto, é aconselhável vê-lo nesse formato.


O ponto mais frágil do longa é sua narração, que passa do limite e parece um documentário antiquado de vida selvagem – a produção é do History Channel, o que pode explicar tal característica. Por outro lado, os enquadramentos e os movimentos de câmera oferecem uma imersão no mundo daquelas gravuras impressionantes.

Quando o assunto são obras tão antigas, arte e ciência andam lado a lado e A Caverna dos Sonhos Perdidos faz bem em retratar esses dois aspectos em suas cenas e depoimentos. As descobertas científicas obtidas pelos achados no local são tão importantes quanto a expressividade daquelas imagens. Assim, há muita instrução na viagem que o espectador fará ao ver esse filme.

A Caverna dos Sonhos Perdidos (Cave of Forgotten Dreams)
Roteiro e Direção: Werner Herzog
Elenco: -documentário-
Duração: 90 minutos
País: Canadá, EUA, França, Alemanha, Reino Unido

Nota: 8

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