segunda-feira, 14 de junho de 2010

Rush: Beyond the Lighted Stage






Sinopse: Documentário sobre a banda canadense Rush. A vida antes da fama e os altos e baixos dos roqueiros pelas décadas de carreira acumulando uma legião de fãs.



Ficha Técnica
Rush: Beyond the Lighted Stage
Roteiro e Direção: Sam Dunn, Scot McFadyen
Elenco: Geddy Lee, Alex Lifeson, Neil Peart
Duração: 106 minutos
País: Canadá


“Prepare to be Rushfied!”*

 por Flávia Yacubian

(Spoilerômetro: )
Rush sempre foi para mim uma banda de extremos: ou eles faziam a melhor música do mundo ou a pior. Sempre considerei "Spirit of Radio" a melhor música pop já composta (não a minha preferida, mas a melhor) e, por outro lado, nunca consegui ouvir "YYZ" por inteiro de tanto que ela me irrita. Nunca consegui explicar essa dicotomia de sentimentos em relação a essa banda. E, assim, fui ver o documentário Rush: Beyond the Lighted Stage com um pé atrás: qual dos dois sentimentos ele iria evocar? Amor ou ódio?

O documentário tinha boas referências – feito pelos mesmos criadores de Metal – A Headbanger’s Journey (Sam Dunn e Scott McFadyen), um dos melhores e mais divertidos documentários sobre música que tem por aí. E o começo de Rush: Beyond the Lighted Stage lembra muito o estilo da fita anterior. Participação de diversos caras da música contando o que eles acham de Rush, de Gene Simmons a Billy Corgan, passando por Zakk Wylde e Jack Black. Ou melhor “mostrando” o que eles gostam em Rush, fazendo vários air drums, bass e guitars. Depois dessas divertidas primeiras aparições, o documentário é dividido em partes temáticas, que abordam a infância dos integrantes, o começo da banda, o sucesso, o fracasso e por aí em diante.

É notável a quase-ausência de assuntos pessoais, não que eles não fossem acontecimentos de interesse público em suas vidas profissionais, mas fica clara a intenção dos diretores em se concentrar na carreira musical. Mesmo o assunto pessoal tratado mais abertamente, a morte da filha e da mulher do baterista Neil Peart, não é mostrado tão a fundo como a mídia (e ele mesmo em livros) já fez. Então, a temática principal do documentário acaba sendo as qualidades do trio como artistas: integridade, profissionalismo e humildade.

O filme é repleto de cenas de arquivo e bastidores inéditas, além de entrevistas atuais com os membros da banda, fãs (famosos e anônimos), pessoas que trabalharam com eles, jornalistas, seu pais. Mesmo temas mais densos são tratados com o humor característico dos integrantes da banda canadense. As participações de Gene Simmons e Sebastian Bach são duas pérolas. As histórias que os dois contam ressaltam a “nerdice” do Rush, e são hilárias.

É emocionante o trecho final, com grande importância dada ao show que eles fizeram no Brasil, para 60 mil pessoas, o maior da carreira da banda.

Um documentário muito bem roteirizado e dirigido, que entretém até os mais reticentes e que agradará todos os apreciadores do mundo da música em geral. Fãs, não fãs e pessoas em cima do muro, como eu, sairão satisfeitos do cinema. Fãs se deliciarão em ver tantas imagens inéditas e a apreciação ao talento do Rush, não fãs vão gostar das muitas entrevistas com outros músicos, dando opiniões honestas (e talvez até se surpreender que pessoas como Trent Reznor sejam fãs de Rush!) e os de cima do muro começarão a se decidir, provavelmente pelo lado simpático à banda.

* Fala de Paul Rudd em Eu te amo, cara. Confira a dica abaixo.

Dude-dica: Quer ver os fãs de Rush que aparecem no documentário encarnados em um filme de comédia? Não deixe de ver, então, Eu Te Amo, Cara (que inclusive conta com a participação da banda).

2 comentários:

  1. Dude,
    comecei a gostar de Rush meio tarde, já estava na faculdade. Adoro "Limelight" e achei ótimo que o o documentário tenha sido intitulado com um verso dessa música que me arrepia até hoje.
    Valeu pela dica!

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