domingo, 23 de outubro de 2011

Os 3 x Triângulo Amoroso: Amores triplos

 por Edu Fernandes

Spoilerômetro: (?)


Como fazem questão de ressaltar alguns políticos conservadores, um casal é tradicionalmente formado por um homem em uma mulher. À margem da produção cultural GLBT, alguns filmes testam tal limite com casais formados por dois homens e uma mulher.

Nesse final de 2011, estão programados para estrear dois filmes com esse conjunto de personagens: o nacional Os 3 e o alemão Triângulo Amoroso (3).


Os Três conta a história de universitários que moram em um mesmo apartamento. O filme mostra uma parcela da juventude contemporânea, que não consegue se encaixar plenamente nas orientações sexuais estabelecidas. Logo no começo, os dois personagens masculinos falam sobre experiências homossexuais de seus passados, sem que isso influencie os interesses heterossexuais atuais.

Os personagens começam um jogo de sedução que é potencializado pela oportunidade de participarem de uma espécie de um reality show. Os sentimentos conflituosos começam a aflorar enquanto os jovens vivem uma farsa diante das câmeras.


Nesse caso, o que se percebe é que a harmonia do casal só é plena quando o amor é vivido a três. O mesmo tipo de dinâmica pode ser vista na produção espanhola Dieta Mediterrânea. Esse filme faz a já consagrada mistura entre prazer gastronômico com o sexual.


A outra produção que deve entrar em cartaz no Brasil em 2011 com essa temática é Triângulo Amoroso. Nesse caso, tudo começa por conta do adultério do casal de personagens principais. Ambos começam a se envolver secretamente com Adam. Hanna é sua colega de trabalho e o marido dela encontra com Adam em uma piscina pública.

O que deveria ser apenas uma aventura para os três começa a tomar contornos mais complexos quando os sentimentos entram em jogo. Tudo isso com a questão do segredo para complicar. Adam mostra que a situação escapa do campo da aventura sexual quando percebe estar apaixonado pelos dois, sem saber que na verdade são um casal.

Em Triângulo Amoroso há o lance da homossexualidade, como em Três Formas de Amar (1994). Na produção americana, os envolvimentos são mais públicos e o jogo de atração parece não agradar plenamente a qualquer um dos envolvidos. A moça é apaixonada pelo gay, que é apaixonado pelo hetero, que é apaixonado pela moça.

Todos esses exemplos de uma relativa harmonia entre dois homens com uma mulher leva a pensar por que é menos comum ver essa dinâmica com duas mulheres e dois homens. Para essa discussão, convido os leitores para deixar comentários.

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