sexta-feira, 15 de abril de 2011

Os atalhos de Amanda Seyfried

 por Edu Fernandes



Spoilerômetro:

Com A Garota da Capa Vermelha, Amanda Seyfried aponta o caminho que quer tomar para sua carreira. Como acontece com editores que querem publicar livros que gostariam de ler, Amanda parece escolher participar de filmes que gostaria de assistir. O problema é que a moça tem um gosto duvidoso, o que pode ser perigoso para seu futuro nas telas.

Em A Garota da Capa Vermelha, a diretora Catherine Hardwicke faz um repeteco do que apresentou em Crepúsuclo. Tomadas aéreas de paisagens nevadas, sensualizações demais, uma heroína virginal cujo pai é interpretado por Billy Burke e tudo mais. A moça fica indecisa entre dois amores, como uma Olívia Palito neo-gótica (a expressão surgiu de Guilherme Kroll e os créditos devem ser dados).

Pois bem, da mesma maneira como Crepúsculo, porém em proporção menor, A Garota da Capa Vermelha deve agradar plateias femininas e firma-se como candidato ao Framboesa de Ouro. Até aí, nenhum ator tem a obrigação de fazer apenas filmes ótimos, mas a categoria de atriz na qual Amanda está se encaixando é altamente perecível.


Vejamos então sua trajetória nas telonas. A loira mostrou ser uma atriz de talento e versatilidade logo em seus dois primeiros papéis com algum destaque, como uma tonta em Meninas Malvadas (foto) e como uma jovem sensual em Alpha Dog.

Com certo renome, ela continuou a mostrar como consegue ser plural na tela, como as protagonistas do musical Mamma Mia e do terrir Garota Infernal. Aí ela virou definitivamente um grande nome em Hollywood e ganhou o direito de escolher os papéis no qual iria trabalhar. Neste ponto o gosto duvidoso dela começa a complicar seu futuro.

Ela fez, na sequência, dois filmes fracos: Querido John e Cartas para Julieta. Novamente mirando nas platéias femininas, mas sem qualquer valor dramático ou maiores exigências para o talento que ela já provou possuir. Agora é lançado A Garota da Capa Vermelha, que já falamos acima, para confirmar a tendência.

Com essas escolhas, ela pavimenta um caminho para ser a nova queridinha de Hollywood e garantir espaço em quantas comédias românticas ela conseguir fazer (nada contra o gênero, por favor).

Se olharmos para trás, veremos que estabelecer-se em filmes assim não é bom no longo prazo. Como exemplo, temos o caso de Meg Ryan: faz muito tempo que ela não participa de algum filme relevante. Outro exemplo, Freddie Prinze Jr. Alguém lembra por onde ele anda? E o que dizer de Julia Stiles, que também está sumida!


No caso de Amanda, o último trabalho que merece elogios foi em O Preço da Traição (foto). Mesmo assim, a participação da moça nesse filme é mais um sintoma de preocupação. Ela só aceitou estrelar o remake do thriller francês depois de muita conversa com o produtor para convencê-la de que seria uma boa para sua carreira.

Façamos votos de que escolhas mais felizes voltem a acontecer para ela...

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