sábado, 26 de maio de 2012

Diário de Sobral: Dia 3

 por Edu Fernandes

Spoilerômetro:  (?)


Acompanhe a cobertura completa do evento aqui.


Cidadão do mundo

Michel Régnier é um cineasta franco-canadense o que a princípio o deixaria de fora de um encontro latino-americano. No entanto, esse documentarista garante seu espaço no Nossas Américas Nossos Cinemas por ter feito parte de sua obra em terras latinas.

Antes de começar sua palestra no terceiro dia de atividades em Sobral, Michel pediu para que a plateia ocupasse os assentos mais próximos ao palco do Theatro São João. A ideia do realizador era estimular a interatividade. Tanto que fez questão de fazer uma apresentação breve para que houvesse mais perguntas do público.

A conversa girou em torno do processo adotado por Régnier, que ajusta a proposta de seu filme conforme o está captando. Entre as táticas adotadas está a de deixar os personagens entrarem em contato com a câmera antes de começarem as gravações, assim o equipamento não é um objeto estranho na relação.

Entre as passagens de Michel pelo Brasil, estão a realização de um documentário com tribos indígenas no Acre e o filme Ouro de Poranga, captado no Ceará.


Grande nação latina

O Cinema entre Fronteiras é um fórum recente de realizadores do sul do Brasil, nordeste da Argentina e do Paraguai. Na mesa formada por seus membros foi feito um histórico do fórum e das semelhanças que unem os povos desses países.

Houve o relato de casos concretos de cooperação entre os participantes do coletivo, como quando representantes das mostras de Oberá (Argentina) e Santa Maria (RS) tiveram de cruzar um rio para trocar DVDs. Esse momento foi simbólico, por representar o rompimento de barreiras proposto pelo fórum.


Cinema-escola

Com o já tradicional atraso da programação do evento, mais uma vez a última mesa do dia foi prejudicada. Geraldo Sarno (com o microfone) falava da geração atual de cineastas e de como as escolas precisam dialogar com eles, mas precisou interromper seu discurso para que as outras pessoas no palco também tivessem a oportunidade de dar seus depoimentos.

A mesa Cinema: Ensino e Prática abordou o tema das aparentes limitações que precisam ser superadas e contou com a participação da uruguaia Alicia Cano. Ela falou da nova universidade de artes fundada em seu país, onde o objetivo é sensibilizar os estudantes para que tenham mentalidades abertas.

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