Sinopse: Tiana trabalha duro para conseguir abrir seu sonhado restaurante, sem nunca sonhar com seu príncipe encantado (quanto mais com um sapo). Mas, no dia em que seu sonho será realizado, um sapo aparece em sua vida e muda tudo.
Spoilerômetro: •
Ficha Técnica:
A Princesa e o Sapo (The Princess and the Frog)Direção: Ron Clements e John Musker
Roteiro: Ron Clements
Duração: 97 minutos
Em 1995, a Disney, em parceria com a Pixar, lançou o longa-metragem de animação 3D Toy Story. O sucesso indiscutível (e merecido) fez o estúdio acreditar que as clássicas animações tradicionais não tinham mais vez, ainda mais se musicais. Os fãs viram então mais alguns sucessos 2D – Mulan e Hércules –, e depois a retirada sutil das partes musicais (tendo Tarzan como primeiro da série). Foi com muito pesar de uma parte do público que a mesma Disney anunciou que não faria mais animações tradicionais. Depois do péssimo Nem que a Vaca Tussa em 2004, parecia que ninguém ia lamentar...
Mas não é que mudaram de ideia? E foi com muita publicidade que a Disney retornou de vez aos clássicos musicais. A Princesa e o Sapo (The Princess and the Frog) foi o primeiro desta nova fase, que já tem a promessa de um Rapunzel.
A nova animação tem muitos pontos positivos. Tiana é a primeira princesa Disney negra – e conta com o príncipe mais bonito da Disney (o Aladdin ficou pra trás!) –, o que gerou muita polêmica. A escolha do local, Nova Orleans, e do ritmo, jazz, também marcaram muito a espera do longa.
Os desenhos, a coloração e a iluminação são maravilhosos e chegam a tirar o fôlego do espectador em algumas passagens. Os personagens são muito bem construídos, cada um interpretando o papel devido na narrativa. Os anseios e dúvidas de Tiana giram em torno da melhoria de vida por meio do trabalho e do sacrifício do amor para conquistar o sonho material. É quando ela tenta atingir seu objetivo por meios fantasiosos que tudo vai abaixo, então ela terá de escolher entre o trabalho sacrificante e o verdadeiro amor. Enquanto Tiana tenta fazer sua escolha, outro personagem se vê à frente do mesmo dilema.
Ainda sobre os personagens: de uma forma ou de outra, todos têm o seu momento de comicidade – todos, sem exceção, são bastante atraentes para o público. A dublagem em português está bastante profissional, como quase sempre podemos esperar da Disney.
Nem tudo é perfeito, no entanto. Tenho dois poréns em relação à obra, mesmo que não afetem minha opinião do filme como um todo. Em primeiro lugar, a movimentação dos personagens humanos lembra demais o péssimo “efeito geleia”, o que pode incomodar alguns olhos.
Em segundo lugar, a parte musical do filme deixa a desejar, apesar de assinada pelo experiente Randy Newman, compositor com sucessos como os Toy Story e Monstros S.A.. Os números musicais têm pouca força e não se destacam. Com a promessa de uma trilha de puro jazz, na verdade temos algumas pouquíssimas músicas com um ritmo como se o tal “puro jazz” tivesse sido digerido para ouvidos sensíveis.
Mas os problemas não reduzem nem um pouco a importância e a beleza de A Princesa e o Sapo. Se a música não é tão marcante quanto a de A Bela e a Fera, os desenhos compensam cada minuto.
Os fãs que haviam ficado órfãos dos musicais da Disney podem comemorar e não devem, de jeito nenhum, perder a oportunidade de assistir esta animação nas telonas do cinema.
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