quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Coisas que Perdemos pelo Caminho




Sinopse: Audrey acaba de ficar viúva e convida Jerry, o amigo problemático de seu finado marido, para viver com ela e seus filhos. Enquanto Jerry a ajuda a passar pelo luto, Audrey o ajuda a vencer seu vício pela heroína.


Ficha Técnica
Coisas que Perdemos pelo Caminho (Things We Lost in the Fire)
Direção: Susanne Bier
Roteiro: Allan Loeb
Elenco: Halle Berry, Benicio Del Toro, David Duchovny, Alexis Llewellyn, Micah Berry, John Carroll Lynch
Duração: 119 minutos


"Aceite o bom"
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

Em Depois do Casamento, a cineasta dinamarquesa Susanne Bier consegue criar personagens nórdicos com grande carga emotiva. Seguindo com o tema familiar, Coisas que Perdemos pelo Caminho (Things We Lost in the Fire) não poderia ser diferente: quem gosta de exageros emocionais ficará satisfeito com as cenas fortes oferecidas na fita.

Bier explora enquadramentos diferenciados e sofre com os dois gumes. Se, por um lado, imagens interessantes são obtidas, há planos em que ela erra a mão e a câmera fica estranha. Essa pequena falha não compromete a beleza do filme como um todo, além de valer a pena como tentativa.

A atuação de Benicio Del Toro (Sin City) é impressionante. Ele convence como o drogado Jerry, testando o limite em que o público simpatize com seu drama sem acabar odiando suas fraquezas. Nas cenas envolvendo o uso de drogas ele transmite seus sofrimentos, enquanto nos momentos de intimidade ele mostra seus sentimentos mais belos.

No começo do filme o enredo é totalmente não-linear. Várias cenas acontecem com o espectador já sabendo do desfecho, revelado anteriormente, e o sucesso está em conseguir manter a emoção sob tal circunstância. O problema é que depois de passada a primeira fase do roteiro, o restante se segue em ordem direta. Há vários momentos em que flashbacks poderiam ser inseridos para manter a fórmula que funciona tão bem no início.

O final de Coisas que Perdemos pelo Caminho não é previsível, mas nem por isso a emotividade se perde. O drama se mantém sem decair para a pieguice e depois da sessão é possível que bata uma enorme vontade de abraçar as pessoas que amamos.

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