sábado, 8 de setembro de 2012

ParaNorman: Evolução

 por Edu Fernandes

Spoilerômetro:  (?)


Quando acompanhamos a produção cinematográfica, esperamos que os profissionais avancem e ofereçam filmes cada vez melhores. Felizmente esse é o caso de ParaNorman, em vários sentidos. A animação foi realizada pela mesma equipe que levou às telas Coraline e o Mundo Secreto (2009), que já apresentava um alto nível de qualidade.

Em seu roteiro, o avanço se dá ao falar com inteligência de um assunto em voga – o bullying. O protagonista é um garoto que consegue ver fantasmas e todas as pessoas de sua cidade o julgam um esquisitão por causa disso. A comparar essa prática nociva com outras perseguições do passado (Inquisição, macartismo,...), o longa deixa seu discurso mais claro e criativo.


Como técnica de animação também há uma evolução. O stop motion continua a exercer seu fascínio, mas os efeitos visuais entram em ação de forma colaborativa. Assim, cria-se um visual cheio de personalidade.

O lado aterrorizante de Coraline pemanece, mas os respiros foram sublimados. Quando a garota voltava para o mundo real, o terror era trancafiado. Em ParaNorman, o suspense segue uma gradação constante, graças a boas cenas e a um desenho de som com algumas ousadias.

Ainda no assunto terror, há referências ao gênero a todo momento. O próprio letreiro do filme (veja o pôster abaixo) remete às produções trash de meados do século XX. Há ainda elementos visuais e na trilha musical que farão os espectadores mais crescidos se lembrarem de clássicos do terror.


ParaNorman
Direção: Chris Butler, Sam Fell
Roteiro: Chris Butler
Elenco: Kodi Smit-McPhee, Tucker Albrizzi, Anna Kendrick, Casey Affleck, Christopher Mintz-Plasse, Leslie Mann, Jeff Garlin, Elaine Stritch, Bernard Hill
Duração: 92 minutos
País: EUA

Nota: 8


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