terça-feira, 6 de julho de 2010

Capitalismo: Uma História de Amor


Sinopse: O documentário analisa o impacto do pensamento corporativista na vida do homem comum dos EUA.


Ficha Técnica
Capitalismo: Uma História de Amor (Capitalism: A Love Story)
Roteiro e Direção: Michael Moore
Elenco: -documentário-
Duração: 127 minutos (apenas o filme)
País: EUA


por Bruno Palma

(Spoilerômetro: )


Em seus filmes Michael Moore é conhecido por criticar algumas das maiores falhas dos Estados Unidos. Em Tiros em Columbine (2002) a questão central foi o armamento, em Fahrenheit 11/9 (2004) a política externa e a obtenção de lucro com as guerras e em Sicko (2007) foi a vez do precário sistema de saúde. Agora, em meio a uma crise econômica como o país não via desde o crack da bolsa em 1929, o cineasta resolveu dar uma bica na canela do principal alicerce do chamado american way of life: o capitalismo.

Capitalismo: Uma História de Amor (Capitalism: A Love Story) pode ser comparado a Roger & Eu (1989), estreia de Moore no cinema, já que também chama a atenção para o poder das grandes corporações. Aqui o principal foco são as instituições financeiras, peças chaves nessa grande crise enfrentada pelos norte-americanos e as quais Moore acusa de pilhar os cofres públicos. Mantendo seu estilo de pegar pesado, o cieneasta ainda compara o mercado de ações de Wall Street aos cassinos de Las Vegas.

Para piorar, Michael Moore ainda aponta a disparidade ideológica entre o capitalismo e o cristianismo, recurso ao qual a administração costuma recorrer quando a coisa está feia (vide as últimas guerras, no Afeganistão e no Iraque). Nesse trecho – certamente um dos mais impressionantes do filme – autoridades cristãs afirmam que o próprio Jesus Cristo se recusaria a viver num sistema econômico como esse.

Capitalismo: Uma História de Amor é Michael Moore sendo a pedra no sapato costumeira dos imperadores econômicos que regem os Estados Unidos. No filme, ele afirma ainda que a grande preocupação desses marajás é Barack Obama no posto da presidência. Vamos ver se ele tem alguma razão em acreditar nisso...

 

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