sexta-feira, 8 de maio de 2009
A Ilha da Morte
Sinopse: A família de Rodolfo muda-se de Havana para uma pequena cidade no interior de Cuba. O pai dele é um revolucionário e mudou de casa para fugir da perseguição do regime ditatorial em vigor em 1958.
Ficha Técnica
A Ilha da Morte (El Cayo de la Muerte)
Direção: Wolney Oliveira
Roteiro: Manuel Rodríguez, Alfonso Zarauza, Arturo Infante
Elenco: Caleb Casas, Isabel Santos, Alberto Pujol Claudio, Jaborandy, Laura Ramos
Duração: 88 minutos
Cinema pueril
por Edu Fernandes
(Spoilerômetro: •)
A geração atual aproveita as facilidades das câmeras mais acessíveis que se encontram até nos celulares e sobre monitores de computador. Depois de registradas suas experiências cinematográficas, eles não têm problemas em hospedar seus vídeos em sites populares para que todos possam vez. Esses jovens terão uma aula sobre as dificuldade de produção do passado ao assistirem a A Ilha da Morte (El Cayo de la Muerte).
Para gostar do filme, é necessário aceitar suas características que podem ser encaradas tanto como qualidades positivas quanto como defeitos. Por tratar de um jovem com sonhos de dirigir filmes e mudar o mundo com sua obra, a fita tem altas doses de inocência e romantismo.
A metalinguagem – um filme que narra a produção de outro filme – acaba criando uma armadilha. O curta-metragem mudo rodado pelo protagonista e seus amigos parece ser muito mais interessante do que os dramas passados na cidadezinha onde vivem.
Rodolfo pode ser considerado um alter ego de Wolney Oliveira. O diretor teve sua formação cinematográfica adquirida em Cuba e seu engajamento político esquerdista emerge no roteiro. O heroísmo dos revolucionários socialistas e a maldade extrema do vilão denunciam as semelhanças entre criador e criatura.
A Ilha da Morte é uma co-produção entre Brasil, Espanha e Cuba. Por isso, muitas cenas foram rodadas no nordeste brasileiro, disfarçado de vilarejo cubano. As locações são bem convincentes, o problema está nos atores. Muitos deles não são falantes nativos do idioma espanhol e, embora alguns consigam mascarar o sotaque, outros não são tão bem-sucedidos. Felizmente esses atores foram dublados em bom espanhol, mas o remendo fica perceptível.
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