Sinopse: Fausta tem uma doença transmitida pelo leite materno e evita relacionar-se com outras pessoas. Ela acaba de perder sua mãe e quer que o corpo dela seja enterrado no vilarejo de onde vieram.
Ficha Técnica
A Teta Assustada (La teta asustada)Roteiro e Direção: Claudia Llosa
Elenco: Magaly Solier, Susi Sánchez, Efraín Solís
Duração: 94 minutos
Medo cego
por Edu Fernandes A produção peruana A Teta Assustada (La teta asustada) foi o grande vencedor da última edição do Festival de Berlim. As qualidades que a fizeram merecedora de uma premiação tão importante não serão suficientes para agradar ao público acostumado com filmes mais acessíveis.
O tema do roteiro é medo e solidão. A protagonista é uma mulher extremamente amedrontada que não consegue manter um relacionamento com outra pessoa. Por isso, todo momento em que o espectador começa a se habituar com a convivência de Fausta com algum personagem (seu tio, sua patroa, o jardineiro), ela debanda e volta a ficar sozinha. Ela é, portanto, uma heroína sem carisma.
Outro ponto de afastamento criado pelo filme são as passagens em que Fausta ou sua mãe cantam em um idioma local. A impressão que dá que esse costume estranho é apenas um traço cultural daquele povo, mas a total falta de ritmo e métrica não pode ser considerada uma tentativa de conquistar os fãs de musicais.
Conhecer a cultura peruana, tão próximos de nosso país, porém tão distantes do nosso cotidiano, é com certeza o ponto mais interessante desse filme. Para quem só consegue pensar nos incas e em Machu Picchu quando se fala de Peru, A Teta Assustada é uma lição social. Para os cinéfilos de plantão, além de uma abordagem diferenciada de seus temas, o filme oferece imagens e situações excêntricas, como o próprio cartaz sugere.
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