por Edu Fernandes
Spoilerômetro: • (?)
A história do filme O Discurso do Rei impressiona por ser algo tão fantástico quanto real. A amizade do rei George VI com seu fonoaudiólogo foi retratada no cinema entre os anos 20 até no começo da Segunda Guerra Mundial. Como os próprios créditos finais indicam, a relação entre os dois foi bem mais duradoura do que o período em que o filme se trata.
Para saber o que aconteceu nesses anos que não estão no filme oscarizado, os mais curiosos podem ler O Discurso do Rei: Como um Homem Salvou a Monarquia Britânica (The King’s Speech). O volume conta desde a infância até a morte do monarca britânico e a do seu terapeuta australiano.
O livro foi co-escrito por Mark Logue, neto de Lionel Logue, o fonoaudiólogo do rei. Mark não teve muito contato com o avô e só pensou em escrever um livro sobre a relação de seu antepassado com a Família Real depois de ser contatado pela equipe de produção do filme estrelado por Colin Firth e Geoffrey Rush.
Graças a muitas cartas e registros em diários, Mark Logue e Peter Conradi conseguem recriar os acontecimentos que ocorreram durante muitas décadas. Os encontros entre os dois personagens principais e toda a evolução do paciente são contados do ponto de vista mais humano, sem se preocupar em investigar quais técnicas eram empregadas para que o nobre conseguisse vencer sua gagueira.
No meio do livro, há um caderno com fotos da família Logue e imagens oficiais referentes ao reinado de George VI. Elas ajudam o leitor a imaginar os eventos narrados nas páginas.
Pela leitura é possível perceber as manobras que o roteiro executa para conseguir comprimir uma amizade tão longeva em menos de duas horas de projeção. O filme foi fiel à atmosfera, mas tomou algumas liberdades em relação aos fatos.
O Discurso do Rei: Como um Homem Salvou a Monarquia Britânica (The King’s Speech)
Autor: Mark Logue, Peter Conradi
Tradução: Sônia de Souza, Celina Portocarrero
Editora: José Olympio
Páginas: 280
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