sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O Fim da Escuridão





Sinopse: Thomas Craven é um detetive investigando o assassinato de sua própria filha. Conforme ele revela os mistérios, percebe que o crime está ligado com ameaças terroristas.


Ficha Técnica
O Fim da Escuridão (Edge of Darkness)
Direção: Martin Campbell
Roteiro: William Monahan, Andrew Bovell
Elenco: Mel Gibson, Ray Winstone, Bojana Novakovic, Danny Huston
Duração: 117 minutos



Exageros no final
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

Desde 2002, quando Mel Gibson participou de Os Sinais, que os fãs dele como ator estão privados de vê-lo em cena. Se forem considerados apenas filmes policias, gênero que fez a fama de Gibson, a falta do astro é sentida desde O Troco (1999). Toda essa expectativa acaba com o lançamento de O Fim da Escuridão (Edge of Darkness).

Além da volta do ator para a frente das câmeras, o que se tem é um thriller com uma premissa interessante. O roteiro começa com o clássico "policial sofre tragédia familiar e parte para vingança", uma proposta já mostrada a exaustão por outros títulos. Aí surgem elementos que mudam a direção da trama que começou parecendo a franquia Desejo de Matar. A história acaba ficando mais instigante focando-se na investigação. Claro que tudo isso é temperado com boas cenas de ação.

Muito do mistério se baseia em conspiração de grandes corporações e no envolvimento de interesses militares. Por isso, em diversos momentos o investigador acaba se deparando com assuntos confidenciais e é travado. O problema é que isso acontece com muita frequência, parecendo ser uma muleta dramática.

O espectador com olho atento perceberá algumas opções cafonas na direção de Martin Campbell (007 Cassino Royale). Closes desnecessários e ângulos estilosos em momentos nada propícios são apenas um preparativo para o desfecho dessa história. A última cena de O Fim da Escuridão é de extremo mau-gosto e precisa ser ignorada para que se goste desse thriller policial.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Invictus



Sinopse: Nelson Mandela acaba de assumir a presidência da África do Sul. Apesar do fim do apartheid, o país ainda está dividido entre brancos e negros. Mandela vê no rugby um possível elemento de unificação.


Ficha Técnica
Invictus
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Anthony Peckham
Elenco: Morgan Freeman, Matt Damon, Tony Kgoroge, Patrick Mofokeng
Duração: 133 minutos



Emoção à flor da pele
 por Edu Fernandes


(Spoilerômetro: )


Na própria filmografia de Clint Eastwood é possível destacar um exemplo de que a mistura de esporte e cinema rende filmes emocionantes. Se a jornada de uma boxeadora em Garota de Ouro (2004) emocionou o público, o diretor aposta no rugby e na questão racial para comover em Invictus.

A prova da competência de Eastwood pode ser compravada pelo alto índice de aprovação dessa fita junto a pessoas que não gostam de esporte. Por isso mesmo, o espectador não precisa conhecer as regras do rugby, que não é popular no Brasil, para torcer pelo time sul-africano na Copa do Mundo de 1995.

Isso mesmo, caro leitor, Invictus é um filme de época situado na décade de 1990. Passado o susto inicial, o enredo é comovente como todas as histórias que Clint Eastwood resolve contar.

Ele continua a usar a tática que deu certo em Gran Torino, incluindo situações engraçadas para deixar o conjunto mais leve e com um ritmo agradável de se assistir. Esses momentos mais cômicos são apoiados nos diálogos e em personagens interessantes, como os seguranças da Presidência.

Por mostrar fatos históricos, a produção tem um forte compromisso com a verdade e investiu muita energia nesse aspecto. Os uniformes dos times, as jogadas, o estádio de Ellis Park e outras locações, e até a dança típica que o time da Nova Zelândia apresenta até hoje para intimidar seus adversários são levados em conta. A reconstrução da época foi possível com pesquisa e com a contratação de consultores.

A escalação de Morgan Freeman (O Cavaleiro das Trevas) e Matt Damon (O Desinformante) nos papéis principais foi aprovava pelos próprios Nelson Mandela e François Pienaar. Os atores também tiveram a oportunidade de conhecê-los pessoalmente para ajudar na atuação. Damon e outros atores-jogadores ainda foram submetidos a um intenso treinamento físico para conhecer a dinâmica do rugby – um esporte de brutos, jogado por cavaleiros. Durante as filmagens até Clint Eastwood descobriu um amor pelo esporte, fato que pode se repetir na plateia.

Nine

por Edu Fernandes

Sinopse: O diretor de cinema Guido Contini está em crise por não conseguir escrever o roteiro de seu nono filme. Sua vida profissional está tão bagunçada quanto sua vida pessoal, tendo de lidar com sua esposa e sua amante.


Spoilerômetro:

Ficha Técnica:
Nine
Direção: Rob Marshall
Roteiro: Michael Tolkin, Anthony Minghella
Elenco: Daniel Day-Lewis, Marion Cotillard, Penélope Cruz, Nicole Kidman, Judi Dench, Kate Hudson, Sophia Loren, Stacy Ferguson
Duração: 118 minutos


Gregos e troianos... e italianos

Em 1963, o cineasta italiano Federico Fellini escreveu e dirigiu 8½, um marco na história do cinema. Anos mais tarde, o enredo desse filme serviu de inspiração para um musical da Broadway, estrelado por Raul Julia. Finalmente, no terceiro milênio os conflitos de um cineasta em crise são mostrados na tela de cinema com a produção de Nine.

Para homenagear a origem da história, o diretor Rob Marshall (Chicago) faz referências ao cinema italiano, contemplando o clássico La dolce vita (1960) de Fellini nas locações e enquadramentos e também em outros elementos. O problema é que o fã mais intenso da obra do cineasta italiano poderá ficar ofendido de ver sua obra transformada em musical, e o amante de musicais pode não captar tais alusões.

Todos os números musicais são delírios de personagens, evitando que os mesmos parem tudo o que estão fazendo para cantar uma canção executada por uma banda invisível. Esse é o tipo de magia que agrada os assíduos espectadores de musicais e que irrita os que não suportam o gênero. A opção por separar o lado musical do desenvolvimento da história pode ser uma tentativa de agradar o público que normalmente repudia os musicais, mas não será motivo suficiente para fazer essas pessoas investirem em uma sessão de Nine.

Muitas músicas foram cortadas do espetáculo original durante a adaptação. Confesso que não conheço a peça que foi encenada na Broadway por duas temporadas, mas desconfio que muita coisa boa foi descartada, já que as canções que restaram não chegam a empolgar. As coreografias na maioria das vezes é preguiçosa ou inexistente, exceto nos números em que as vozes de Fergie e Katie Hudson podem ser ouvidas.

A impressão que fica de Nine é que tentou-se agradar muitas pessoas – quem não gosta de musicais e quem conhece o cinema italiano de décadas passadas –, mas acabou esquecendo-se de agradar exatamente quem vai ao cinema para ver musicais animados.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O Fada do Dente





Sinopse: Derek é um traiçoeiro jogador de hóquei. Depois de ter atitudes más, ele teve uma punição diferente. O grandalhão trabalhará como fada do dente por uma semana.


Ficha Técnica
O Fada do Dente (Tooth Fairy)
Direção: Michael Lembeck
Roteiro: Lowell Ganz, Babaloo Mandel, Joshua Sternin, Jeffrey Ventimilia, Randi Mayem Singer
Elenco: Dwayne Johnson, Ashley Judd, Stephen Merchant, Ryan Sheckler, Julie Andrews
Duração: 101 minutos


 por Lígia Maria

(Spoilerômetro: )
Há uma lenda em Portugal, no Canadá, em parte do Reino Unido, nos Estados Unidos e em outros países, que deu origem a tradiçao segundo a qual uma fada viria à noite para trocar o dente de leite, colocado sob o travesseiro de uma criança, por uma moeda. No Brasil não existe essa tradiçao, mas enfim vamos ao que interessa (ou não).

Imagine o ex-campeão de luta livre o grande The Rock, Escopião Rei vestido de fada. Imaginou? Agora entre no clima “Sessao da Tarde” e vá em frente,esse é o filme que te aguarda em O Fada do Dente (Tooth Fairy).

Derek Thompson é um jogador de hóquei que por ter sofrido uma contusão no ombro passa a ter a característica de arrancar os dentes de seus adversários, daí o apelido “Fada do Dente”. Seu jeito rude e direto faz com que ele destrua os sonhos de uma criança de 6 anos, que acreditava na lenda. Ele então é sentenciado a uma semana de trabalho forçado como uma verdadeira fada do dente, até aprender que a magia precisa fazer parte da vida.

Para isso o grandalhão conta com todos os apetrechos de uma fada: varinha mágica e alguns acessórios como spray de invisibilidade, pomada para encolher, balas com latido de cachorro, “espanta gato” e pó de amnésia. Não deixe de prestar a devida atenção às asas do moço assim como das demais fadas, ela parecem ter sido feitas pela sua avó pra festa de fantasia da escola.

E ele vai ter que fazer o trabalho constrangedor até aprender que não se pode destruir os sonhos das pessoas, especialmente das crianças. Com isso ele acaba redescobrindo seus próprios sonhos.

No elenco nomes conhecidos como Ashley Judd mais conhecida por atuar em suspenses e dramas e “a eterna Mary Poppins” Julie Andrews, que é a fada chefe das fadas do dente e como de costume rouba a cena com seu carisma.

No mais, é um filme de férias para a criançada e sem muito a acrescentar.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Amor sem Escalas



Sinopse: O trabalho de Ryan é viajar pelo país despedindo pessoas. Sem residência fixa a maior parte do ano, ele leva uma vida vazia e sem comprometimentos. Entretanto, um dia a empresa para a qual trabalha decide que ele deve ficar no escritório fazendo seu trabalho remotamente.


Ficha Técnica
Amor sem Escalas (Up in the Air)
Direção: Jason Reitman
Roteiro: Jason Reitman, Sheldon Turner
Elenco: George Clooney, Vera Farmiga, Anna Kendrick, Jason Bateman
Duração: 109 minutos


Entendendo um jovem cineasta
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

Quem achou estranho o fato de que o diretor da comédia ácida Obrigado por Fumar também é responsável pela fofa fita sobre gravidez juvenil Juno terá algumas respostas ao assistir Amor sem Escalas (Up in the Air). Nessa produção, o cineasta Jason Reitman mostra a todos sua proposta de contação de histórias.

No lugar do lobista da indústria do tabaco, o anti-herói da vez é um homem contratado para demitir pessoas. Por seguir uma filosofia de vida antimatrimonial semelhante à do personagem, George Clooney dá muita graça e sinceridade a Ryan Bingham. A autenticidade do filme é aumentada pelos discursos dos demitidos, emitidos por desempregados reais que acabaram de perder o emprego por causa da crise.

Do estilo cinematográfico de Reitman, pode-se ver sequências com edição agitada e a construção de quadros que, se vistos sem o contexto, são instigantes e enigmáticos. Os leitores que pensaram “mas o que é isso?” logo no começo de Juno sabem do que estou falando. Só para lembrar: em um gramado, a protagonista bebe um galão de suco de laranja olhando para uma poltrona velha.

Parte do elenco também remete a produções passadas de Jason Reitman, seja em um papel médio, como Jason Bateman (Encontro de Casais), ou em participações especiais. Atores que já estiveram sob a direção de Reitman aparecem na tela em pequenas pontas, como J.K. Simmons – há mais surpresa nesse quesito.

Apesar de conter momentos engraçados, Amor sem Escalas trata de temas sérios. Solidão, achar sentido na vida e preocupar-se com o futuro são algumas das questões abordadas no enredo. Tudo isso, com um desenvolvimento leve da trama.

Fato Dude: Geroge Clooney e J.K. Simmons já trabalharam juntos anteriormente em Queime Depois de Ler.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Onde Vivem os Monstros





Sinopse: Depois de demonstrar mau comportamento para sua mãe, Max é colocado de castigo. Revoltado, ele foge de casa e vai parar em uma ilha habitada por monstros. Nesse local, o menino é coroado rei.


Ficha Técnica
Onde Vivem os Monstros (Where the Wild Things Are)
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze, Dave Eggers
Elenco: Max Records, Catherine Keener,James Gandolfini, Paul Dano, Catherine O'Hara, Forest , Chris Cooper, Lauren Ambrose
Duração: 101 minutos


O poder da imaginação
 por Edu Fernandes
(Spoilerômetro: )

Onde Vivem os Monstros (Where the Wild Things Are) é mais um daqueles projetos de adaptação cinematográfica que se arrastou por anos pelos estúdios até conseguir chegar nas telonas. Assim como Harry Potter, a Disney propôs produzir uma animação a partir do texto, mas o cineasta Spike Jonze (Adaptação) achou que o impacto seria maior com uma criança de carne e osso interagindo com as criaturas. Como o diretor foi escolhido pelo próprio autor do livro original, a opinião dele tem algum crédito.

O projeto ainda passou pela Universal, antes de chegar até a Warner que chiou por não gostar da montagem original e pediu para que Jonze voltasse para a edição até obter um corte que agradasse à empresa e ao diretor. Some-se aí mais três meses de diferença entre o lançamento nos EUA e no Brasil e tem-se a ideia exata da demora por conseguir assistir ao filme.

Quando se espera tanto para ver um longa a expectativa pode frustrar a experiência final. Felizmente, temos uma das raras oportunidades em que se sai satisfeito da sala de cinema mesmo depois de toda essa lenga-lenga para o lançamento. A história é tocante e o espectador não precisa ter vergonha de chorar na sessão – tenha certeza de que será acompanhado nas lágrimas.

O livro original é para o público infantil, cheio de ilustrações e com pouco texto verbal. O roteiro foi supervisionado pelo autor Maurice Sendak, mas o resultado final parece muito mais orientado para os adultos, já que a levada do enredo é lenta e pode não se encaixar no ritmo das crianças.

A história narra o poder da imaginação e como essa ferramenta é altamente preciosa para enfrentar os conflitos da infância. Quando se tem tão pouca experiência de vida, a criação de um mundo paralelo é uma saída para que as crises sejam mais fáceis de serem superadas.

Para não dizer que a animação ficou totalmente de fora de Onde Vivem os Monstros, o rosto dos bonecos é composto por animação computadorizada. Com a tecnologia foi possível dar expressões faciais diferenciadas para os personagens fantásticos – algo de suma importância para transmitir toda a gama de emoções que a história transmite.

O Homem que Engarrafava Nuvens



Sinopse: Documentário sobre Humberto Teixeira, idealizado por sua filha. Enquanto conta a vida e obra do pai, mostra-se o desenvolvimento do baião.


Ficha Técnica
O Homem que Engarrafava Nuvens
Roteiro e Direção: Lírio Ferreira
Elenco: -documentário-
Duração: 106 minutos
 
 
Investigando o baião
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

O cinema brasileiro vem prestando um belo serviço à cultura nacional nos últimos anos. Graças ao péssimo hábito de não valorizar o que é nosso, o povo brasileiro corre o risco de se esquecer da própria cultura.

Em O Homem que Engarrafava Nuvens a história do baião se mostra mais um desses pontos efermos da produção musical nacional. Apesar de ter depoimentos com autoriades para falar do assunto, não se chega a um acordo sequer sobre a origem do gênero musical. No filme, figuras como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Sivuca e David Byrne dão suas contribuições tanto com relatos quanto com interpretações das canções de Humberto Teixeira.

A princípio, o tema do documentário seria a obra do Doutor do Baião, conseguido pela investigação feita pela filha dele. Por tentar descobrir um pai que lhe é um desconhecido, aproxima-se bastante de Person. No entanto, enquanto Marina Person documenta a vida de um cineasta e a partir daí o espectador obtém um quadro do cinema nacional, Denise Dummont vai por outro caminho. Ela parece usar seu pai como pretexto para falar das várias facetas do baião: as danças, o intérpretes, os instrumentos musicais e tantos outros assuntos.

Para quem ainda não sabe quem foi Humberto Teixeira, algumas informações para justificar a importância desse homem. Ele compôs centenas de canções, entre elas a obra-prima chamada "Asa Branca". Foi parceiro do ícone Luiz Gonzaga e teve até carreira política. Só o fato de não se saber muito desse compositor já é uma prova de que O Homem que Engarrafava Nuvens é uma obra que precisa ser assistida pelos brasileiros.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sherlock Holmes






Sinopse: O detetive Sherlock Holmes, ao lado do Dr. Watson, enfrenta um misterioso vilão que parece ter voltado da tumba para destruir a Inglaterra.


Ficha Técnica
Sherlock Holmes
Direção: Guy Ritchie
Roteiro: Michael Robert Johnson, Anthony Peckham, Simon Kinberg
Elenco: Robert Downey Jr., Jude Law, Rachel McAdams, Mark Strong
Duração: 128 minutos



Sherlock modernoso
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )
O novo filme protagonizado pelo detetive mais famoso da literatura mescla o respeito com suas origens com a atualização a uma linguagem mais moderna. Um exemplo desse equilíbrio em Sherlock Holmes pode ser percebido na questão do consumo de drogas. No século XIX, época em que as aventuras de Holmes foram escritas por Arthur Conan Doyle, substâncias como a cocaína não eram ilegais. No filme, não fica explícito como o detetive consegue o estado alterado da mente e as ressacas que isso provoca, mas ele é retratado como um junkie.

Os fãs da literatura ficarão satisfeitos com as referências aos livros e ao universo de Holmes, com as localizações* e os personagens secundários clássicos. Por outro lado, as cenas de luta e o estilo do diretor Guy Ritchie (RocknRolla) podem incomodar os mais puristas. O ritmo narrativo e as afetações na montagem tão características do cineasta se fazem presente na fita, para o bem ou para o mal.

A estrutura geral do roteiro também segue o modelo dos contos do detetive. Grande mistério, alta dose de dedução inteligente e até o momento em que a mente brilhante de Holmes explica o ocorrido fazem parte do enredo.

Depois de ser altamente elogiado por sua performance em Chaplin (1992), o ator Robert Downey Jr. volta a encarnar um personagem clássico britânico, desta vez ficcional. Ele é responsável pelo charme de anti-herói de Holmes e cairá nas graças dos apreciadores do seriado House. A dupla Holmes e Watson nesse filme deixa bem clara qual foi a inspiração para a relação entre House e Wilson na série televisiva.

O espectador é convidado a entrar em um fascinante mundo de aventura, fisgado por uma instigante trilha musical logo na sequência de abertura. As peças compostas por Hans Zimmer (Anjos e Demônios) concedem uma levada ágil que encaixa-se perfeitamente no estilo de Guy Ritchie.

* Fato Dude: A casa de Sherlock Holmes nesse filme já serviu como o lar de Sirius Black no filme Harry Potter e a Ordem da Fênix.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Alvin e os Esquilos 2




Sinopse: Depois de conquitarem a fama mundial, os Esquilos têm novos desafios. Dessa vez eles enfrentam as pressões do ambiente escolar e um grupo musical rival, formado pelas Esquiletes.


Ficha Técnica
Alvin e os Esquilos 2 (Alvin and the Chipmunks: The Squeakquel)
Direção: Betty Thomas
Roteiro: Jon Vitti, Jonathan Aibel, Glenn Berger, Jason Lee
Elenco: Zachary Levi, David Cross, Jason Lee, Justin Long, Matthew Gray Gubler, Jesse McCartney
Duração: 88 minutos


Faltou música no musical
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

Antes de qualquer consideração ser feita, um aviso aos fãs de Jason Lee: sua participação em Alvin e os Esquilos 2 (Alvin and the Chipmunks: The Squeakquel) está muito mais no roteiro do que nas sua presença em cena. Ao contrário do que sugere o trailer, ele na verdade só aparece em pouquíssimas cenas. A função de adulto responsável na nova aventura é exercida por um primo atrapalhado de Dave – interpretado por Zachary Levi (Chuck).

Mesmo com os personagens principais sendo cantores que conhecem pares românticos igualmente musicais, a franquia continua carecendo de números musicais. Destaque para a versão fofinha de Hot n Cold, de Kate Perry, que no longa é interpretado pelas Esquiletes. Se mais momentos dessa categoria fossem incluídos, enriqueceriam o filme.

Falando em música, a dublagem brasileira resolveu dublar duas canções mudando as letras das músicas sem a mesma competência das versões das animações da Disney, um vício tão antigo quanto detestável. E quem quiser ouvir o idioma original terá de esperar pelo DVD.

Alvin e os Equilos 2 é mais uma prova da terrível influência dessa mania pudica que assola a produção infanto-juvenil encabeçada pelos seriados da Disney. Para quem ouviu histórias infantis em que a princesa precisava de um beijo na boca para chegar ao final feliz, essa tendência de resolver os casos amorosos com ingênuos e mornos abraços é extremamente irritante.