quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Ultimato Bourne
Sinopse: Agentes do governos rastreiam Jason Bourne para eliminá-lo utilizando um novo programa do governo, o Blackbriar. Mas agora ele volta a atacar com o intuito de finalmente descobrir sobre seu passado.
Ficha Técnica
Ultimato Bourne (The Bourne Ultimatum)
Direção: Paul Greengrass
Roteiro: Tony Gilroy, Scott Z. Burns, George Nolfi
Elenco: Matt Damon, Julie Stiles, Joan Allen, Scott Glen
Duração: 115 minutos
por Guilherme Kroll Domingues
(Spoilerômetro: •)
É inegável que o cinema americano sofre de uma carência nessa primeira década do século XXI, a ausência de grandes nomes para filmes de ação. Tanto que Stallone, Bruce Willis e Harrison Ford reviveram seus personagens clássicos Rambo, John Mclane e Indiana Jones respectivamente. Apesar da ausência de grandes nomes em filme de ação, os anos 2000 produziram uma ótima franquia do gênero, a trilogia Bourne.
Começou com o bom trabalho de Matt Damon na adaptação do livro de Roberto Ludlun, Identidade Bourne de 2002. O ótimo diretor Paul Greengrass entrou na sequência, que deixou um pouco a desejar, mas ainda divertia, Supremacia Bourne de 2004. Agora a dupla volta para fechar a saga em Ultimato Bourne.
O filme soa um pouco como uma refilmagem do anterior, pois a história é muito semelhante, com Pamela Landy caçando Jason Bourne, uma trama podre rolando dentro de agências do governo etc. O diretor até mesmo usa uma sequência inteira do filme anterior no meio da história. Mas, ainda assim, é uma produção que diverte e deixa o leitor sem fôlego com as cenas de ação.
A trama começa exatamente de onde Supremacia Bourne parou, com a perseguição em Moscou. Bourne dessa vez vai atrás de resolver suas pendengas com o governo e descobrir quem ele realmente é.
No quesito direção, Paul Greengrass é muito eficiente. Seu trabalho tem cortes rápido, lembrando muito um videoclipe. Há quem não goste, mas combina bem com o espírito da série. Uma dica, o filme perde muito da qualidade visto na TV ou no computador, quem puder acompanhe-o no cinema.
O principal problema do filme é a falta de carisma de Matt Damon. Ele não é ruim, mas falta a ela o charme que Stallone ou Schwarzenegger tinham.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Bubble
Sinopse: Noam, Yali e Lulu são três jovens que moram juntos, dividindo um apartamento em Tel Aviv. O palestino Ashaf chega e apaixona-se por Noam. Para ajudá-lo os outros dois moradores arrumam emprego e guardam o segredo de sua origem, apelidando-o com um nome judaico.
Ficha Técnica
Bubble (Ha-Buah)
Direção: Eytan Fox
Roteiro: Eytan Fox, Gal Uchovsky
Elenco: Ohad Knoller, Alon Friedman, Daniela Virtzer, Yousef 'Joe' Sweid
Duração: 117 minutos
Juventude do III milênio
por Edu Fernandes
(Spoilerômetro: •)
Bubble (Ha-Buah) significa “bolha”, em inglês. Os protagonistas do filme vivem uma região envolvida em guerras entre judeus e árabes, mas ao contrário da maioria defendem a co-existência dos dois povos. Eles só querem viver suas vidas e aproveitar a juventude.
A postura pós-moderna adotada pelos personagens é um dos sintomas da modernidade (no bom sentido) do filme. Noam, Yelli e Ashraf são gays e a apresentação de cada um não considera a orientação sexual deles como algo bizarro. O mais interessante é que eles são totalmente diferentes entre si. Yelli é mais “biba”, Noam é mais retraído e Ashraf tem de esconder sua sexualidade da família a todo custo.
A mensagem que se pode carregar de Bubble é que a juventude é igual em qualquer ponto do globo terrestre. Eles gostam de festas regadas a álcool e drogas ilícitas recreativas, vivendo longe dos olhos dos pais e didvidindo abertamente suas experiências sexuais. Até o som que eles ouvem pode ser encontrado na disqueteira de um universitário brasileiro: bandas alternativas como Nada Surf e Belle & Sebastian, e MPB moderna – há quatro canções brasileiras na trilha, a maioria interpretada por Bebel Gilberto.
A verdade é que se têm dois filmes. A trama pode ser dividida muito claramente em antes e depois da rave organizada pelos protagonistas. Não poderia haver um divisor de águas melhor: uma festa-protesto. Depois da celebração, a situação começa a ficar mais séria e a diversão é colocada de lado.
A edição de imagens traz mudanças de cenas bem-executadas, principalmente nas seqüências de sexo. Com um final que surpreende, Bubble é uma bela demonstração da forma como a vida é encarada pela nova geração.
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